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27/10/2017 - Piracicaba - SP

Falta atinge cerca de 25% das consultas na Atenção Básica




da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba

 

O número de faltas em consultas médicas (absenteísmo) na Rede de Atenção Básica mantém-se elevado. Média de 25% delas são desperdiçadas mensalmente pelos usuários do sistema público de saúde. As pessoas simplesmente não parecem no dia marcado e nem comunicam as unidades onde receberiam o atendimento, para que outro usuário pudesse ser chamado em seu lugar.

Para se ter uma dimensão do problema, das 6.617 consultas clínicas agendadas nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), em agosto, 1.730 foram inutilizadas, porque os pacientes não compareceram e sequer avisaram na unidade que faltariam. Número que equivale a 26% de absenteísmo.

Nas consultas pediátricas, a situação é semelhante. Das 2.696 agendadas no mês, ainda nas UBSs, 663 foram desperdiçadas, o que significa 24,9% do total. Na consulta ginecológica, das 3.013 agendadas, em 777 o médico também ficou com o horário improdutivo.

Segundo estatística da Secretaria de Saúde, a mesma situação se repete nos Centros de Refêrencia em Saúde (CRAB) e nas Unidades de Saúde da Família (USF). O que significa uma média de 25% de absenteísmo em toda a Rede de Atenção Básica.

Para a coordenadora médica da Atenção Básica, Anay Ferrer, é um problema grave o que está acontecendo, principalmente em período de crise financeira, como esta em que o país vive. “Não faz sentido desperdiçar tantos recursos assim, quando deveriam ser potencializados pela população”, enfatizou.

“Além do desperdício financeiro, temos o desperdício de recursos humanos”, disse Anay. “Porque a hora médica é cara e é paga por toda a população para aqueles que precisam do SUS”. Depois, segundo ela, há sempre aqueles que correm reclamar quando há demora no atendimento. “Muitas vezes, os mesmos pacientes que faltam nas consultas são os primeiros a procurar por consultas urgentes. Não entendem que foram eles mesmos que alongaram a fila de espera, querendo novamente um serviço que já foi oferecido a ele”, explicou.

Segundo Anay, cria-se um verdadeira círculo vicioso e dispendioso em que todos perdem. “O paciente falta na consulta, mas continua precisando do médico. Volta à unidade para marcar novamente a consulta e percebe que terá de esperar ainda mais tempo para ser atendido. Ou seja, ele ajudou a criar um problema sem que se dê conta do quanto faltar na consulta prejudica toda a qualidade do sistema de atendimento público”.

O presidente do Conselho Municipal de Saúde, Milton Costa, entende que a população não percebeu ainda o dano que vem causando a si própria. “Para melhorar a qualidade no atendimento, os usuários precisam se reportar ao conselho quando estão com algum problema, para que o conselho possa ajudá-los. Afinal, não sabemos exatamente o motivo de tanta falta. Temos provocado a população nesse sentido, por meio de campanhas informativas e cobrando dos usuários um posicionamento, sem retorno algum, o que dificulta a nossa colaboração”.

Milton Costa enfatiza que informações sobre o Conselho Municipal de Saúde podem ser obtidas nas próprias unidades de saúde ou pelo 156.



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