25/11/2015 - Piracicaba - SP

Associados ao Zika, casos de microcefalia preocupam Saúde

da assessoria de imprensa da Prefeitura de Piracicaba

O elevado número de casos de microcefalia registrados em 160 municípios de nove Estados do Brasil preocupa a Secretaria de Saúde de Piracicaba. Segundo o Ministério da Saúde, há 739 casos suspeitos de microcefalia em bebês nascidos em Pernambuco (487 registros), Paraíba (96), Sergipe (54), Rio Grande do Norte (47), Piauí (27), Alagoas (10), Ceará (9), Bahia (8) e Goiás (1).

O aumento dos casos de microcefalia está associado ao vírus Zika, que é transmitido pelo mosquito Aedes aegypti. “Além da dengue, que mata, e da chikungunya, que aleija, temos agora o problema da Zika, que causa microcefalia. É um problema de dimensões muito grande para a gente enfrentar", disse o ministro da Saúde, Marcelo Castro, em entrevista ao portal UOL.

Apesar de não haver registros de Zika em Piracicaba, o secretário de Saúde do município, Pedro Mello, lembra que este ano houve um caso importado na região. “Tivemos a confirmação de um caso de Zika em Sumaré e a circulação das pessoas pode fazer com que o vírus chegue até nós, o que é extremamente preocupante pelo fato da transmissão ser feita pelo mesmo mosquito que transmite a dengue”, afirmou.

Para Mello, é necessário que a população una esforços para combater o mosquito. “O prefeito Gabriel Ferrato intensificou o combate à dengue em sua gestão. Temos procurado ampliar o trabalho de eliminação de criadouros e buscado novas formas de combate como o mosquito transgênico, em fase de testes no Cecap, mas a população tem que fazer sua parte. É imprescindível que todos colaborem e busquem diariamente a eliminação dos criadouros”, falou.

DOENÇA
A microcefalia é uma condição neurológica rara em que a cabeça da pessoa é significativamente menor do que a de outros da mesma idade e sexo. É normalmente diagnosticada no começo da vida e é resultado do cérebro não crescer o suficiente durante a gestação ou após o nascimento.

Crianças com microcefalia podem apresentar problemas de desenvolvimento em aspectos como fala, movimentos, coordenação, equilíbrio e retardo mental. Não há tratamentos para a microcefalia, mas tratamentos realizados desde os primeiros anos melhoram o desenvolvimento e qualidade de vida.

De acordo com a Secretaria de Saúde, a microcefalia não é de notificação compulsória, mas não há indicativos de aumento dos casos no município em 2015. Em situação normal, as estimativas de incidência de microcefalia ao nascimento variam de 1/6.250 casos a 1/8.500 casos.